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A Comunhão Eucarística: Origem, História e Orientações Atuais

 A Comunhão Eucarística, também conhecida como a recepção do Corpo e Sangue de Cristo durante a Santa Missa, tem sido uma prática fundamental na fé cristã há séculos. A história dessa prática é rica e passou por diferentes abordagens ao longo dos tempos.



No início da Igreja Cristã, até o século IX, a Comunhão era ministrada nas mãos dos fiéis. No entanto, devido a abusos e profanações que ocorreram, a Igreja decidiu, a partir daí, preferir ministrar a Comunhão diretamente na boca dos fiéis, buscando proteger a santidade desse momento sagrado.

Após o Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, houve um retorno à prática antiga da Comunhão nas mãos, mas sob condições específicas. Em 3 de abril de 1985, a Sagrada Congregação Para o Culto Divino publicou uma notificação que concedia às Conferências Episcopais a faculdade de distribuir a Comunhão na mão dos fiéis, seguindo as orientações das Instruções Memoriale Domini e Immensae Caritatis, bem como o Ritual De Sacra Communione.

É importante salientar alguns pontos relacionados à Comunhão nas mãos:

  1. A Comunhão na mão deve expressar o mesmo respeito que a Comunhão recebida na boca, demonstrando reverência à real presença de Cristo na Eucaristia. Como os Padres da Igreja enfatizavam, os gestos dos fiéis devem ser nobres e reverentes.

  2. Ao receber a Eucaristia nas mãos, é essencial responder com o Amém, como afirmação da fé no Corpo de Cristo presente na Hóstia Consagrada.

  3. Após receber a Eucaristia nas mãos, o fiel deve levar a Hóstia à boca antes de voltar ao seu lugar, permanecendo voltado para o altar para permitir que os outros fiéis também recebam a Comunhão.

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  1. É importante compreender que é da Igreja que o fiel recebe a Eucaristia, e, portanto, não deve retirar a partícula por conta própria. O fiel estende as mãos para receber a Hóstia do ministro da Comunhão.

  2. A limpeza das mãos é recomendada, especialmente para as crianças, como um sinal de respeito à Eucaristia.

  3. É essencial proporcionar uma catequese do rito aos fiéis antes da Comunhão nas mãos, destacando a atitude de adoração e respeito requerida.

  4. Os fiéis têm total liberdade de escolher entre receber a Comunhão na mão ou na boca. Ninguém pode ser obrigado a adotar a prática da Comunhão nas mãos.

Em conclusão, a prática da Comunhão Eucarística nas mãos tem suas raízes históricas e é permitida sob certas condições pelas orientações da Igreja. No entanto, a tradição secular de receber a Comunhão na boca também é amplamente respeitada. Independentemente do modo como a Comunhão é recebida, o importante é expressar profundo respeito e fé no Corpo e Sangue de Cristo, presente na Eucaristia. A Comunhão é um momento sagrado de conexão com o divino, e cada fiel é chamado a vivê-lo com devoção e adoração.